Modelo físico cujos blocos fundamentais são objetos extensos unidimensionais. O interesse na teoria das cordas é dirigido pela grande esperança de que ela possa vir a ser uma teoria de tudo.
02 setembro 2009
As cores
Ai, a pressão desse quadro em branco. Um dia foi tão fácil escrever palavras tão difíceis aqui, e hoje, todas as coisas que inundam minha cabeça todas as horas de todos os dias de todos esses meses, não vêm. Mas é só porque isso aqui é tudo muito branco pra mim, e você é todas as cores. Todas as coisas. É aquilo que me aperta na parte certa daquela musica e é o pulo que meu coração dá quando ouço dedos num violão ou violão numa certa música, ou uma certa música de um certo tempo. É a vontade desesperada de um minuto para o outro de não se afastar mais que alguns centímetros, de voltar correndo quando me afasto. É todas as estrelas que eu vejo pela minha janela e é todas as músicas que eu canto. É todas as coisas que eu peço e que espero e que amo. É tudo aquilo que me trouxe de volta pra casa e que me traz para dentro de mim mesma todos os dias. É só tudo que eu vejo, tudo em que tropeço, tudo que procuro quando não sei nem que estou procurando alguma coisa. É tudo que eu leio, que eu bebo, que eu durmo. Tudo que segura as milhões de partes, as milhões de mim mesma, todas juntas, ao contrário de quando você me achou. Eu sei que eu falo que não, mas foi você quem me achou, porque antes de você, eu já tinha parado de procurar. Antes de você, isso aqui era só um quadro branco. Agora é a vontade mais vermelha de te dizer que é todas as coisas. Você é todas as cores.
02 fevereiro 2009
Desculpas
Dessa vez eu acho que fui eu, não eles. Eu que perdi um pouquinho do que eu era para ser um pouquinho mais de alguém que não presta mais atenção no dia lá fora. Nas pessoas aqui dentro. Dessa vez fui eu quem fechei a minha janela de madeira vermelha, e vivi só das frestas de sol que entraram durante esse tempo todo. Mas agora que eu sei disso, nada mudou. Porque nada mais muda assim. Dessa vez a culpa é minha e de mais ninguém. Culpa do meu coração, que se deixou trancar por uma coisa dessas. Que acabou trancando todo mundo pra fora. E da minha cabeça, que acaba enxergando apenas as nuvens nos céus de janeiro, fevereiro, março. Sem ficar realmente feliz com o sol que fica ali durante um minuto ou dois dias. Me desculpa. Me desculpa por te pôr pra fora. Me desculpa pelo excesso de virgulas e pontos na minha vida. Me desculpa pela falta de 'me importos'. Porque eu me importo sim. Me importo com a cor da parede ou com o cheiro de bolo. Com o tempo perdido, com as músicas novas, com o meu chinelo branco. Me importo com as palavras e com a falta delas. Principalmente com a falta delas. Acontece que a minha janela ficou muito tempo fechada, e agora emperra pra abrir. Mas tudo vai passar. Eu não tenho mais que tentar abrir sozinha.
25 janeiro 2009
Carteira de motorista
de novo estou pedindo muito? de novo eu esperei muito? quem sou eu, se não a pessoa que não enxerga direito, para duvidar de vc? mas dessa vez eu acho que vc errou. eu quero que sim. eu quero tanto, que pego o telefone e não disco. querendo provar que é tudo perfeito como eu vejo, mas com medo de vc ter acertado. com medo de mostrar meu lado egoísta e psicopata que sempre assusta todo mundo. tenho medo de depois ter que voltar correndo pra vc, como se nada mais importasse além de chorar. e ficar olhando para o telefone tras todos os medo que eu sei que sempre estiveram aqui, como numa enchurrada: medo de sofrer, medo de doer, medo de não saber, medo de saber de mais. medo de me fechar de novo para as coisas que me tiram do meu mar de medos. coisas como as que ele fala para mim. coisas que você não vê. quando percebo, eu coloquei o telefone de volta no gancho, sem olhar de verdade pra nada, sem ligar de verdade pra nada. e assim, vc, e não ele, acaba me enchendo de um milhão de medos que não encaixam nessa vida. mas talvez eu nunca vá saber. se vc não me deixar.
11 janeiro 2009
Rotina
Quando eu penso que as palavras acabaram, eu deito na cama e me vem mais mil coisas que eu queria ter dito. Me vem um remorso de não ter sido mais romântica ou ter mais paciência com você, por causa de coisas que aconteceram ou do meu dia estressante. Quando eu deito a cabeça no travesseiro, me vem aquela vontade de te abraçar apertado ou de ter você falando perto de mim. E eu fico me perguntando como que eu consegui me concentrar em qualquer coisa durante o dia que não fosse isso, ou um momento imaginário em que eu desço do ônibus e você ta me esperando pra me levar pra sua casa. Como eu consegui passar um mês andando, comendo, rindo quase normal, sabendo que ainda demoraria um mês, duas semanas, 3 dias, pra isso acontecer? E não me vem nenhuma resposta. Eu simplesmente fecho os olhos bem forte, aumento a música do mp4, e faço um esforço sobre-humano pra sair da realidade e ir parar do seu lado no meu sonho. No nosso. Pra depois acordar lá pelas 5 da manhã só pra ter certeza que você também estava com a mesma ‘falta de sono’.
Assinar:
Postagens (Atom)