Teoria das cordas

Modelo físico cujos blocos fundamentais são objetos extensos unidimensionais. O interesse na teoria das cordas é dirigido pela grande esperança de que ela possa vir a ser uma teoria de tudo.

09 março 2013

Bandaid

É muito bom saber que na vida a gente vai construir coisas junto com alguém. Construir um relacionamento, um momento, vários momentos, construir vida mesmo. Mas é melhor ainda quando esse alguém é um amigo. Alguém que não veio na sua familia. Alguém que não é seu namorado. Alguém que cruzou o seu caminho e você foi esperto o suficiente para agarrar firme e não deixar esse alguém passar. Pode perguntar por ai! Dúvido que você vai achar muitas pessoas que aproveitaram as chances que tinham de fazer uma grande amizade. De mander uma grande amizade. Requer mais cuidado do que manter um bom relacionamento com os pais ou com o parceiro, porque as vezes está mais sujeito às maiores dificuldades que um relacionamento pode encontrar: Falta de tempo e distância. As pessoas dão pouco mérito à uma grande amizade, mas eu, além de aprender com meus pais, aprendi com a vida que quem tem amigo tem tudo. Tem um lanche quando o dinheiro ta curto. Um vestido quando a festa é de repente. Tem um ombro quando a cabeça ta pesada. Um sorriso quando o mundo é triste. Um bandaid quando a vida machuca. E pra seguir em frente a gente não precisa de mais nada.

 Eu li uma frase que me guia desde que a vida ficou confusa: "Não tem nada de errado se a gente não souber o que quer. Desde que a gente saiba exatamente o que não quer de jeito nenhum". E quando eu percebi que isso era verdade, as coisas ficaram mais faceis. Eu não quero de jeito nenhum brigar com as pessoas que eu amo. Começar algo que eu não vou conseguir terminar. Fazer uma coisa que não me deixa feliz. Perceber mais tarde que eu me importei com as coisas erradas. Dinheiro, profissão renomada, ter que se justificar. Ao invés me ajudar quem precisa, ter bons momentos, fazer com o coração.

Como pessoa que ainda não sabe fazer sem esperar nada em troca, eu sempre estarei por ai quando você precisar. Eu vou te dar bronca quando estiver errada e eu vou te abraçar de verdade quando você conquistar coisas. Eu sempre vou te ouvir. Sempre vou ter saudade. E sempre vou te amar com todo o coração. Em troca eu peço que você fique na minha vida. Fique por aqui. Pra gente construir muitas coisas juntas.  


Para Gabriela Bazilio Faria

12 fevereiro 2013

Se o meu carnaval fosse meu

Se o meu carnaval fosse meu, ele seria todinho meu e nele eu ia mandar. Teria abre alas e com que roupa. Teria arlequim e columbina. Teria confete e serpentina. Não seria micareta, não seria festa de rodeio, não seria baile funk. Não teria micro-short, camisa xadrez ou salto agulha. Teria mascaras, palhaços e negas malucas. Não haveriam brigas, acidentes e idiotas. Haveria festa, amizade e gente que é gente. Não teria espaço pra descer até o chão, arroxar ou pegar todas na balada. Teria gente pulando, gente sorrindo e gente se respeitando. Não tocaria Naldo, Gustavo Lima ou Psy. Mas tocaria Carmen Miranda, Noel Rosa e muito samba. Não seria mais uma desculpa para beber muito e pensar pouco. Seria a hora de lembrar e apreciar uma festa popular tão bonita e antiga. No meu carnaval as pessoas saberiam quem é Cartola, torceriam para a Mangueira e usariam fantasias (que não vieram do sex shop). Todas elas. Se o meu carnaval fosse meu, ninguém morria, ninguém dormia e ninguém se arrependia. Esse meu carnaval não se parece com nenhum que vi esse ano. Inclusive não o vejo há alguns anos. Se alguém achar meu carnaval, me avisa que pago o resgate. Se o meu carnaval fosse o carnaval que eu conheci um dia, ele seria só isso. E seria melhor que todos os outros juntos.

01 julho 2012

Machucado

Cada dia que passa, fica tudo mais difícil. A vida pesa mais dentro da cabeça. E a dor pesa mais dentro do coração. E ao mesmo tempo fica mais fácil. A verdade é mais clara. E as atitudes mais certas. E é por isso que a gente cresce e vai sentindo isso: É fácil saber o que se dever fazer, mas é tão difícil fazê-lo. Quanto mais tempo passa, mais endurecido a gente fica e faz as coisas assim como um carrasco. Frio. Porque tem que ser feito. Assim mesmo, objetivamente. Mas por dentro meu coração vai morrendo um pouquinho. Vai perdendo pedaços. Vai querendo chorar. Eu vejo claramente que doeu tanto em você quanto em mim o que eu fiz, mas de algum modo era a coisa certa a se fazer. Mas se era a coisa certa, por que dói tanto? Grita, destrói, me mata. Me mata. E eu consigo sentir que eu não vou me tornar a pessoa que eu queria, mas que talvez você se torne a pessoa que eu sempre quis que você fosse. Você vai sofrer no caminho, eu também toda vez que você sofrer, mas pelo menos vou desenvolvendo essa casca grossa que abraça a gente quando a gente cansa de sangrar o coração. Que, objetivamente falando, é melhor do que viver em carne viva.

09 abril 2012

Aquele filme

Eu estava pensando se um dia alguém vai entender. Ou mesmo se um dia eu vou conseguir explicar direito. Se alguém vai me deixar explicar. Já se passou algum tempo mas parece que eu acordo todo dia no mesmo dia. Sem conseguir mudar nada. Igual àquele filme. Na verdade não é igual, porque cada dia eu coloco uma cara diferente e finjo que está tudo ótimo. Ainda deixo escapar um pouquinho pras pessoas não perceberem que eu estou escondendo alguma coisa. Mas o que elas vêem é minusculo comparado ao iceberg gigante que me derrubou. Você está bem ali do lado. Esses últimos dias vc esteve bem ali. E eu não sabia como te abraçar o suficiente. Nem como pedir a sua atenção ou te deixar feliz ou fazer você querer ficar mais um pouco. Eu só sabia que estava me sentindo em casa. Sem ter que te amar à distância nem lembrar de você em preto e branco. E agora que estamos nos créditos finais, eu não sei o que fazer e ninguém entendeu. E eu não sei explicar. Exatamente igual àquele dia. Igual àquele filme.

04 março 2012

Contando

Eu não sei se consigo. Não sei se sei olhar pra trás e ficar feliz com o que virei. Não sei ser isso aí.. Também não sei ser isso aqui. Não sei essas coisas.. O que eu sei afinal? Eu sei que eu olhei em volta e não vi você. Eu olhei em volta e, pra minha sorte, vi outras pessoas, mas pro meu azar, nenhuma delas era você. E eu continuei procurando. Eu continuei esperando. Eu continuo. Todas as horas da noite. Todas as horas. Eu continuo esperando que você tenha aquele sopro de inspiração e vire exatamente o que eu preciso. E precise exatamente do que eu virei. E eu viro tanto. Viro todos os dias. Todas as madrugadas. E é virando de um lado pro outro que me alcançam todas as dores, inseguranças e medos que não me alcançariam se eu seguisse em frente ao invéz de ficar virando, ficar pensando. Ai meu deus, como eu deveria pensar menos. Como eu deveria ter sofrido menos. Mas sinceramente? Eu já não sei mais o que eu deveria ter feito, pra mim ou pra você, tanto faz. O que eu deveria ter dito nas horas todas de conversas não pessoais. Não sentimentais. Ou sentimentais de mais. Eu sei, não consigo. Por algum motivo, eu fico esperando que alguém consiga por mim. Que alguém faça por mim. Que alguém faça. Mas ninguém faz. Muito menos por mim.. Então, o que esperar? Tudo? Absolutamente nada? O que vier? A verdade é que eu espero todos juntos e o absolutamente nada ao mesmo tempo. O maior amor e a falta dele. Todo o carinho e só o necessário. A verdade é que eu espero alguma coisa. Eu conto sempre com alguma coisa. Tanto nessa madrugadas como nos dias mais ensolarados. Tanto nos contáveis como nos incontáveis. Tanto onde se deve contar quanto onde não se deve nem sonhar.

25 agosto 2011

a pronta-entrega

eu queria te dizer um coisa. eu queria te dizer mil coisas. eu queria tantas coisas. eu queria não reclamar tanto e mais que isso, eu queria não ter motivos para reclamar. porq q nada tá bom né? porq eu quero mais. eu quero tudo. eu quero o máximo que eu sei que a gente sabe ser e eu quero ser feliz como quando a gente é a gente e eu quero ser feliz assim o tempo todo. eu queria te dizer mil eu te amos sem aquele 'quê' de coisa antiga e queria te abraçar mil vezes por dia, porque desde o primeiro dia o seu abraço me cura de qualquer coisa ruim do mundo. e eu não quero as coisas ruins do mundo. eu não quero o trabalho, eu não quero o compromisso, eu não quero a falta de tempo. eu não quero a indecisão e eu não quero a nao-vontade. o que aconteceu com toda aquela vontade? eu queria saber se é normal, se é pra sempre esse normal, se é pior. Eu quero o amor, a paixão, o olhar e as promessas, palavras, certezas. eu quero mais disso e daquilo e principalmente eu quero mais você. eu quero mais a gente. porq eu sei que a gente ainda é a única coisa q faz sentido no fim do dia. ahh, eu dava tudo e qualquer coisa pra te ter no fim do dia. eu queria te dizer que eu sinto a sua falta. e mais que isso, eu sinto que falta a gente em mim. talvez vc também se sinta assim. talvez vc saiba que a única coisa que eu quero e a combinação você e feliz no café, almoço e janta. talvez vc n saiba. talvez vc n queira pensar nisso ou talvez vc me conheceu tanto que não tem mais graça me conhecer mais. talvez a gente tenha brigado muito. talvez até demais. mas também talvez agora acabe e talvez seja a hora de ser feliz de verdade. não aquele feliz que passa com o primeiro gostinho de mundo real, mas aquele feliz que fazia a gente esquecer do mundo real e andar sorrindo, lembra? to querendo um pouco disso. vc tem ai? entrega em casa?

26 setembro 2010

Caixa de lembranças

Ahh como eu odeio aquela caixa. Cheia de te amos e beijos e saudades. Me faz lembrar de todas aquelas pessoas e de todos aqueles amores que hoje vivem só dentro da minha caixa. Dentro das minhas lembranças. Dentro de algumas coisas que eu gostaria de ter feito diferente ou melhor. Cheia de todas aquelas coisas que eu sentia e que hoje o mundo me diz que não existe. Foi tudo brincadeira de uma adolescente, que só eu me lembro. Mas me fez tão feliz, que me dá vontade de viajar no tempo só para olhar. Só para dar palpite e consertar as coisas que me assombram quando eu a abro. Que me faz pensar no quanto eu não sou mais a mesma pessoa. Aquela que fazia amizades e achava que era para sempre. Que amava e que contava segredos. Me faz pensar que pessoa sou eu hoje. Que lembranças? Que amigos? Que dores? E quem sabe? Hoje eu sou só adulta e vejo tudo que eu era dentro de uma caixa de cartas antigas. Vidas antigas. Quase manchadas, quase igual as cartas. Hoje eu não conto segredos. Não faço amizades para sempre. Não escrevo mais cartas. Talvez assim eu não me arrependa mais. Mas talvez assim eu não seja feliz também.

24 julho 2010

Um balão de pensamento

Por que eu penso demais, vc perguntou? Porque eu não consigo calcular todos os desastres que aconteceriam no universo se eu falasse a verdade agora. Se ao invéz de só pensar no que eu poderia falar ou fazer, eu realmente falasse ou fizesse. Porque eu não consigo te dizer o que eu senti em um desses mil dias que eu senti essas coisas. Que eu não senti você. Porque eu não sei dizer em qual universo todos os desastres aconteceriam. E se fosse o meu? E se fosse o seu? Não. Se fosse o seu, eu não ia me perdoar, mas se fosse o meu.. Se fosse o meu universo que caisse sem você, o que ia restar de mim então? O que é o meu universo sem o seu? Porque e se eu falasse e a vida continuasse como se eu não tivesse falado nada? E se a vida continuasse como se eu tivesse? Eu penso demais porque eu não sou mais a mesma pessoa. Mas eu penso mais ainda, porque você não é. Porque eu não sei quem você é. Porque eu tenho medo de descobrir se eu falar. Porque eu tenho medo de te afastar se eu falar. De me afastar. E eu não posso falar. Por isso eu penso demais.

29 maio 2010

Num domingo

E foi como tirar um espinho do pé. Um nó da garganta. Um mundo dos ombros. Foi como abraçar você pelas palavras que você escreveu. E depois de todo esse tempo, foi como encontrar um pouco da pessoa que fui, que eu achei que só existia em palavras e fotos antigas, em você. Por um momento eu fui aquela pessoa que eu ficou perdida entre quilômetros e vidas, e tudo se encaixou. Era uma virgula em uma história que não teve parágrafo inicial. Que não teve nada de simples, fácil, pouco. Foi sempre tudo muito. E naquela hora, foi mais ainda. Foi mais sorriso, foi mais ar, foi mais coração. Foi um pouco mais de aline pra dentro de mim e me fez sonhar um pouco mais. Foi tanto que parecia ser carregado na minha corrente sanguinea. Parecia me irrigar da cabeça aos pés e era demais pra caber em mim. Me fez querer de volta as coisas bonitas que eu deixei passar no meio das semanas ocupadas e dos problemas de gente grande. Mas essas são as que menos voltam. Como o final de uma música, acabaram também as suas palavras. Tão subtamente quanto começaram, e na mesma rapidez. E o silêncio de teclados foi tão pesado que conseguiu arrastar não só eu mas todo o meu mundo de volta para a realidade. E assim, eu lembrei que estava longe. Longe de ser ou de ter sido a pessoa que eu queria. Longe de achar o suficiente. Longe de pensar que isso um dia vai passar. Essas coisas não passam. Me assombram ou me fazem rir, todo minuto daquelas horas. Toda hora daqueles dias. Todo dia daqueles anos. Como fantasmas ou saudades. E só pode ser um desses.

02 setembro 2009

As cores

Ai, a pressão desse quadro em branco. Um dia foi tão fácil escrever palavras tão difíceis aqui, e hoje, todas as coisas que inundam minha cabeça todas as horas de todos os dias de todos esses meses, não vêm. Mas é só porque isso aqui é tudo muito branco pra mim, e você é todas as cores. Todas as coisas. É aquilo que me aperta na parte certa daquela musica e é o pulo que meu coração dá quando ouço dedos num violão ou violão numa certa música, ou uma certa música de um certo tempo. É a vontade desesperada de um minuto para o outro de não se afastar mais que alguns centímetros, de voltar correndo quando me afasto. É todas as estrelas que eu vejo pela minha janela e é todas as músicas que eu canto. É todas as coisas que eu peço e que espero e que amo. É tudo aquilo que me trouxe de volta pra casa e que me traz para dentro de mim mesma todos os dias. É só tudo que eu vejo, tudo em que tropeço, tudo que procuro quando não sei nem que estou procurando alguma coisa. É tudo que eu leio, que eu bebo, que eu durmo. Tudo que segura as milhões de partes, as milhões de mim mesma, todas juntas, ao contrário de quando você me achou. Eu sei que eu falo que não, mas foi você quem me achou, porque antes de você, eu já tinha parado de procurar. Antes de você, isso aqui era só um quadro branco. Agora é a vontade mais vermelha de te dizer que é todas as coisas. Você é todas as cores.