Modelo físico cujos blocos fundamentais são objetos extensos unidimensionais. O interesse na teoria das cordas é dirigido pela grande esperança de que ela possa vir a ser uma teoria de tudo.
29 maio 2010
Num domingo
E foi como tirar um espinho do pé. Um nó da garganta. Um mundo dos ombros. Foi como abraçar você pelas palavras que você escreveu. E depois de todo esse tempo, foi como encontrar um pouco da pessoa que fui, que eu achei que só existia em palavras e fotos antigas, em você. Por um momento eu fui aquela pessoa que eu ficou perdida entre quilômetros e vidas, e tudo se encaixou. Era uma virgula em uma história que não teve parágrafo inicial. Que não teve nada de simples, fácil, pouco. Foi sempre tudo muito. E naquela hora, foi mais ainda. Foi mais sorriso, foi mais ar, foi mais coração. Foi um pouco mais de aline pra dentro de mim e me fez sonhar um pouco mais. Foi tanto que parecia ser carregado na minha corrente sanguinea. Parecia me irrigar da cabeça aos pés e era demais pra caber em mim. Me fez querer de volta as coisas bonitas que eu deixei passar no meio das semanas ocupadas e dos problemas de gente grande. Mas essas são as que menos voltam. Como o final de uma música, acabaram também as suas palavras. Tão subtamente quanto começaram, e na mesma rapidez. E o silêncio de teclados foi tão pesado que conseguiu arrastar não só eu mas todo o meu mundo de volta para a realidade. E assim, eu lembrei que estava longe. Longe de ser ou de ter sido a pessoa que eu queria. Longe de achar o suficiente. Longe de pensar que isso um dia vai passar. Essas coisas não passam. Me assombram ou me fazem rir, todo minuto daquelas horas. Toda hora daqueles dias. Todo dia daqueles anos. Como fantasmas ou saudades. E só pode ser um desses.
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