eu amo quando você me liga,
odeio quando tem que ir embora.
amo quando aperta o meu rosto e ri das minhas caras,
odeio quando tem gente perto e você nao pode apertar o meu rosto e rir das minhas caras.
eu amo quando você 'sem querer' me dá o seu pescoço
e odeio ter que devolver depois.
eu amo que você faz 'hum' quando me abraça,
eu odeio quando você não me abraça o suficiente.
eu amo quando a gente tá sozinho,
mas odeio quando não tem tranca.
amo quando a gente fala do futuro, amo quando a gente fala do presente,
amo quando a gente não fala nada.
odeio quando seu celular tá fora de área, odeio quando alguém te liga,
odeio quando você ri longe de mim.
eu amo a sua falha e odeio o fato de o fone nao caber na sua orelha.
amo quando você me abraça e me entorta,
odeio quando a gente brinca de brigar e eu vou sentar longe.
amo ouvir você cantarolar musiquinhas bonitinhas
e odeio quando você me manda alguma coisa bonita em quanto eu to longe.
amo admitir que senti saudade, odeio o fato de realmente sentir.
amo amar você, odeio não ter falado isso aquela hora.
Modelo físico cujos blocos fundamentais são objetos extensos unidimensionais. O interesse na teoria das cordas é dirigido pela grande esperança de que ela possa vir a ser uma teoria de tudo.
30 julho 2007
28 julho 2007
Sintaxe a vontade
"Sem horas e sem dores; Respeitável público pagão!
A partir de sempre toda cura pertence a nóstoda resposta e dúvida.
Todo sujeito é livre para conjugar o verbo que quiser.
Todo verbo é livre para ser direto ou indireto.
Nenhum predicado será prejudicado,
nem tampouco a vírgula, nem a crase nem a frase e ponto final!
Afinal, a má gramática da vida nos põe entre pausas, entre vírgula.
Se estar entre vírgulas é ser aposto, e eu aposto o oposto,
que vou cativar a todos sendo apenas um sujeito simples;
um sujeito e sua oração, sua pressa e sua prece.
Que a regência da paz sirva a todos nós... cegos ou não.
Que enxerguemos o fato de termos acessórios para nossa oração:
separados ou adjuntos, nominais ou não,
façamos parte do contexto da crônica e de todas as capas de edição especial.
Sejamos também o anúncio da contra-capa!
Mas ser a capa e ser contra-capa é a beleza da contradição.
É negar a si mesmo e negar a si mesmo é, muitas vezes,
encontrar-se com Deus. Com o teu Deus.
Sem horas e sem dores; Que nesse encontro que acontece agora
cada um possa se encontrar no outro,
até porque, tem horas que a gente se pergunta:
'por que é que não se junta tudo numa coisa só?' "
Fernando Anitelli
A partir de sempre toda cura pertence a nóstoda resposta e dúvida.
Todo sujeito é livre para conjugar o verbo que quiser.
Todo verbo é livre para ser direto ou indireto.
Nenhum predicado será prejudicado,
nem tampouco a vírgula, nem a crase nem a frase e ponto final!
Afinal, a má gramática da vida nos põe entre pausas, entre vírgula.
Se estar entre vírgulas é ser aposto, e eu aposto o oposto,
que vou cativar a todos sendo apenas um sujeito simples;
um sujeito e sua oração, sua pressa e sua prece.
Que a regência da paz sirva a todos nós... cegos ou não.
Que enxerguemos o fato de termos acessórios para nossa oração:
separados ou adjuntos, nominais ou não,
façamos parte do contexto da crônica e de todas as capas de edição especial.
Sejamos também o anúncio da contra-capa!
Mas ser a capa e ser contra-capa é a beleza da contradição.
É negar a si mesmo e negar a si mesmo é, muitas vezes,
encontrar-se com Deus. Com o teu Deus.
Sem horas e sem dores; Que nesse encontro que acontece agora
cada um possa se encontrar no outro,
até porque, tem horas que a gente se pergunta:
'por que é que não se junta tudo numa coisa só?' "
Fernando Anitelli
26 julho 2007
Toda via bossa-nova
Lá estou eu de novo sentada na cadeira cor-de-laranja ouvindo a mesma musica in loud e in pain, sentido falta dessa tal coisa que ele canta e que eu finjo que sempre sei o que é mas que nunca faz o sentindo dentro da minha cabeça. Por isso que eu volto sempre; sempre nunca vai estar tudo em plena ocupação; nunca sempre vai estar sem faltar, sem chorar, sem tremer, sem doer, sem sentir, sem mentir. E de repente todos os textos são iguais, todas as palavras são as mesmas, todas as janelas mostram a mesma rua, todos os sorrisos têm os mesmos dentes, todos os barulhos não impressionam, todos os olhares marejam, todas as bocas secam, todas as narinas dilatam, todas as roupas apertam, todos os programas são mudos, todas as conversas são furadas, todos os filmes são em preto e branco, todos os sapatos machucam, todas as musicas entristecem, todas as cadeiras são laranja, todos os violões são desafinados e todas as impressionantes revelações não impressionam nem revelam coisas que eu não sei. Sem mais nem menos, ele desafina, e dói, machuca só os meus tímpanos, porque foi só pra mim que ele cantou. É só a mim que ele encanta. É só eu que me logro, que me troco. Eu vou pra casa, não vou, só vou quando o dia clarear ou quando a noite escurecer. Eu não vou nunca; só sempre que alguém terminar de ler.
25 julho 2007
Alguém mais um
Agora só fica mesmo a vontade de escrever. De palavras bonitas o fundo da sacola está vazio, de idéias boas a caixinha já nem serve, de inspiração o coração de alguém está cheio, de paciência a cabeça de niguém mais vive. Sempre o telefone toca, ou a musica acaba, ou você chega. E quando o telefone toca, pode ser alguém importante, e quando a música acaba, pode começar outra, mas quando você chega, pode ser a pé ou voando, ai sim só resta resto. Só sobra sobras de mundo real e de inspiração que vinha aos poucos. Só fica ficção, daquelas de filme, de que talvez possa existir algo mais. E eu posso desligar o telefone ou mudar de música, mas eu não posso desligar nem mudar, eu ou você, tanto faz. Você sabe que você é minha principal falta de palavras, idéias, inspiração e paciência, não sabe? Porque, se não souber, então o que eu tô fazendo aqui? E de repende eu to contando segundos segredos pela janela e esperando por não ser só alguém, ser alguém mais um.
18 julho 2007
portrait
Será que eu ainda passo? Será que eu vou bater a cabeça? Porque agora minha mão encosta? Eu me lembro muito bem de ter que fica pulando, toda vez que chegava no 6° ou 7° degrau para ver se eu conseguia bater a mão.. E não batia. E era a maior graça. Era meu maior orgulho aquelas paredes amarelas e o interruptor dos dois lados; um lá em cima, um lá em baixo. E era como viajar por uma vida que eu não tinha vivido em alma, só em corpo. O tempo não passava: eu poderia ficar lá o dia inteiro e eu poderia levar todos para olhar as fotos e depois ver a minha carinha de orgulho e meu sorriso radiante diante das minhas memórias roubadas e sendo construidas. Hoje não passam disso: memórias. Não vejo mais a graça que via quando era criança. Vejo uma nova graça. Vejo uma saudade e uma vontade de não bater as mãos. Me vejo pequena, a observar as fotografias na escada da minha vó.
02 julho 2007
Garagem
A cada dia que passo me arrependo mais e mais de te manter só nas minhas melhores lembranças, quando na verdade eu queria te manter do meu lado. Você faz uma falta daquelas que as palavras não explicam, a distância só não justifica e os instantes que a gente passa juntos no ano não são suficientes pra me fazer acreditar que um dia vai passar, porque não passa nunca; tá sempre aqui. Fazendo falta e doendo. Me enganando todo dia fazendo eu pensar que pessoas vem e pessoas vão na nossa vida. Que mentira mais deslavada! Você não veio, nem foi. Você só fica aqui, nas minhas melhores lembranças, na minha saudade, no meu jeito de sorrir, naqueles dias que eu pego o rádio e ponho aquele cd e sento no chão e fico, fico sentindo que alguma coisa tá faltando, e me demoro sentada até perceber que o que falta é o verde dos seus olhos e o movimento dos seus dedos na corda do violão e o único silencio que eu conheço que fala mais que qualquer letra que as vezes a gente vivia, e ai tudo encaixa. E eu percebo que você sempre vai ficar na minha vida, graças à tudo que você é. E quer saber de uma coisa? Você fica porque eu quero, e esse seria um ótimo motivo pra te ter sempre por perto.
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