Modelo físico cujos blocos fundamentais são objetos extensos unidimensionais. O interesse na teoria das cordas é dirigido pela grande esperança de que ela possa vir a ser uma teoria de tudo.

31 outubro 2007

A estrela

Eu procurei (na verdade tô procurando ainda) a essência (lembrando do texto da Aline) do que eu realmente quero escrever.Há dias a inspiração não vem,nada de tão grandioso,interessante ou especial me chamou atenção nesses ultimos tempos.E na verdade a tristeza me consumiu nesses ultimos dias,uma tristeza tão sem necessidade,tão banal que as vezes eu me acho uma completa besta,chorona,mimada e sensivel. não que chorar seja ruim,eu gosto muito de chorar,me sinto de alma lavada e renovada.então porque hoje?31 de outubro de 2007?Porque é bonito,dia das bruxas,por ser o ultimo dia do mês e por eu estar fazendo contagem regressiva para o vestibular?Não,não,o motivo é simples e o momento é ideal. Vocês vão entender o que eu tô querendo dizer logo,logo.
O ponto mais critico desse ano foi como e até onde a minha afinidade com as pessoas ia chegar.Colégio novo,3° ano,uma puta duma responsabilidade nas costas e uma vontade intragavel de conhecer gente nova.Duas "amigas" eu já esperava encontrar,mas no decorrer dos meses nenhuma delas conseguiram que eu superasse minhas expectativas,pelo contrário,me decepcionei com ambas pelo comportamento e ausência.Consegui superar,afinal um pouco de autenticidade não faz mal pra ninguém,e logo me relacionei com uma pessoa aqui,outra acolá,umas conversinhas,brincadeiras,bilhetinhos,mas nada de tãão grandioso.Até que a vida de surpreendeu com uma pessoa,na verdade duas,duas pessoas a que eu posso afirmar com todas as letras serem minhas AMIGAS,e olha que coincidencia,elas tem o mesmo nome.Uma viajou pra bem longe,o contato é pouco mas o suficente pra deixar saudade,a outra,ah! ela sim mudou a minha vida.Tudo aconteceu tão rápido,e parece que foi um anjinho enviado por Deus.Eu me conhecendo o suficiente,tinha certeza que de duas uma: ou iria permacer sozinha,cultivando as minhas poucas amizades fora da escola,me relacionando,aprendendo a conviver com as mesmas,ou alguém muito especial ia aparecer pra vencer comigo fases tão dificeis pelas quais a gnt passa na vida e que na presença de um amigo tudo parece mais simples.
Ela é comum e normal (na concepção conservadora que é a sociedade hoje),se veste bem,é bonita,sabe combinar roupa e é inteligente.Mas muito mais do que todo o esteriotipo fisico, ela possui uma essência.Mal sabe ela a quantidade de qualidades que a cerca,o carinho que ela esbanja por ai,a delicadeza de suas palavras,a habilidade única que ela tem de ajudar as pessoas com apenas um sorriso.
Sabe...eu podia passar anos e anos tentando descreve-la,tentando convencer vocês da pessoa maravilhosa que ela é.Mas eu bem sei que tem certas coisas na vida que não se explicam,e uma delas pra mim,é a amizade.São os comportamensto "humaníscos" tão diferentes,a sabedoria do homem de criar e recriar,de sonhar,e tratam-se de sonhos tão diferentes,e por mais parecidos que eles sejam a essência é diferente,e isso nunca ninguém vai mudar.
Pois bem...sem mais rodeios,e eu acho que eu viajei um pouco nas minhas ideias,nos meus sentimentos,acredito que eu tenha conseguido passar a minha mensagem pra ela,ela que nasceu pra bilhar literalmente,e não é a toa que a chamam de estrela,e não é 'uma' estrela,é A estrela.


ps¹.: um trechinho do texto da Tati Bernardi que um dia desses eu mostrei pra ela,não tem muito a ver,mas eu particularmente acho muito bonitinho.
"Achei aquilo lindo, achei que aquilo era a vida. E acabei dando finalmente o abraço eterno que ela tanto queria e que eu tanto queria."
ps².: Eu sei que você já entendeu que é pra você Aline (parabéns de novo),mas é pra deixar claro pras pessoas que possivelmente venham a ler o texto.

29 outubro 2007

moça, cadê você?

Caramba!
Onde está o leite condensado quando eu mais preciso dele?
Não que eu queira fazer um pudim ou um brigadeiro, mas é que eu acho muito brega afogar as mágoas em cerveja ou pinga. Prefiro tomar leite com toddy, ouvir Basket Case do Green Day. Mas principalmente comer uma lata de leite condensado. Inteirinha!
É... não é facil manter essa gordurinha aqui não. É necessário estar sempre triste ou na fossa. Se bem que eu gosto de comer leite condensado também naqueles dias atoas, nos quais não há nada para se fazer e você fica assistindo filmes, sem compromisso, no telecine.
Quando estou atoa gosto de procurar produtos no Mercado Livre. Ultimamente procurei uma camiseta do Offspring, uma do Coldplay e um barbeador elétrico. Todos os barbeadores que encontrei são de São Paulo ou do Rio e a voltagem é de 110; a camiseta do Offspring está cara e não existe a do Coldplay.
Depois de, como esperado, não comprar nada, começo a baixar músicas no Emule. Algumas bem antigas, daquels que, quando ouvimos, enxergamos flashes de nossa infância. Outras apenas significativas. Hoje mesmo baixei umas músicas do Guns'n Roses. Estou afim de ouvir algumas músicas com solos intermináveis. Logo, logo Led Zeppelin vai entrar na minha playlist.
Ouço músicas de hard rock ou de metal quando estou meio triste. Normalmente gosto de músicas mais agitadas ou de mpb. Já faz tempo que não vou num show. Este ano está apertado. Mas eu compenso tudo no ano que vem.
Quando estou escrevendo no blog geralmente fico ouvindo alguma música e visitando alguns sites. Não gosto de conversar no msn enquanto escrevo. Senão perco meu raciocínio. Quando eu perco o raciocínio tento emendar numa idéia paralela. Mas aí fica um texto interminável e difícil de concluir. Por isso, pra parar de enrolar você, leitor, me despesso pra ir ali no mercado comprar uma latinha de leite condensado.

26 outubro 2007

Janelas mínimas

Olhar pela janela já não é tão bonito assim. Nunca foi bonito, mas eu olhava. Minhas janelas nem sempre tiveram grades, mas na primeira ameaça externa, meu pai correu colocá-las. E não, eu não tive tantas janelas. Tive apenas duas e uma varanda. Pela primeira eu enxergava um muro. Um muro velho, desgastado, descascando. Via o chão perto de mim e sonhava com o dia em que eu veria o céu perto de mim, por detrás das grades cinza chumbo. Quando tive a chance de escolher, escolhi o quarto com varanda. Quem não gostaria de ter uma varanda no próprio quarto? Pra fugir até do lugar de fuga, quando tudo parecesse perdido, e ficar olhando para o nada. Finalmente um pouquinho mais perto do céu, eu pensei. Mas ninguém me avisou que a minha varanda não era só minha, que a visão dela não era o céu e que, além de uma varanda, era também uma gaiola. Minha terceira janela é legal. No sexto andar, abre de um lado, do outro, tem uma rede para me impedir de voar, tem recadinhos pendurados e um prédio verde bem na frente dela, com uma janela para um quarto salmão (salmão?!) com uma cortina azul marinho e um espelho, e uma menina que nunca olhou pela janela dela. E eu invejo quem tem janela. Não quem tem buracos quadrados com redes ou quem tem gaiolas de ferro, quem tem janela. E eu sinto uma vontade tão grande de ter uma janela tão grande que todas as janelas encolhem e se tornam mínimas. As janelas da mente, as janelas das horas, as janelas dos dentes, as janelas lá fora.

21 outubro 2007

O sexto minuto

No primeiro momento foi só emoção. Não passava disso.
Respirou fundo e voltou a ouvir.
Era dífícil, torturante. Mas ele simplismente ouvia.
As verdades esbofeteavam-lhe tanto a cara, que começou a ficar vermelho e o olho começou arder.
A cada palavra que ingeria, o aperto no coração era maior, e sua íris começava a brilhar. Mas por quê? Nem é algo assim tão triste!
No primeiro minuto uma lágrima escorreu e parou ali, no cantinho da boca. Era possível sentir o gosto salgado da indignação, mas que vinha como um amargo de tristeza.
No segundo minuto ele conteve. Respirou fundo e disse tudo o que pensava e, por certo tempo, guardara. Por alguns segundos sentiu uma felicidade maligna por achar que agora tinha revidado toda a dor que sentira. Mas não. Estava enganado.
No terceiro minuto, além de toda a tristeza, sentia-se arrependido por ter sentido-se feliz em meio àquela discussão. E agora sim, escorreram pelo seu semblante uma, duas, três lágrimas, cortando seu rosto e deixando-o mais vermelho ainda. Já não agüentava mais. Medo, tristeza, angústia, arrependimento, indignação e desespero borbulhavam pelos seus olhos e já não era possível segurar mais. Afastou-se dali. Chorou. Quem disse que homem não chora?
No quarto minuto ele voltou. Mas não queria conversar mais. Cortou logo o assunto e começou a se despedir. Ele não pode ficar mais nem um minuto com você. Ele tem que ir. É o melhor pra ele. Espero que você entenda!
No quinto minuto ela disse que entende. E ele não sabe por que, mas queria que ela não entendesse. Queria que ela insistisse um pouco mais.

Ele deitou-se no banco e desabou-se a chorar. Sempre foi um chorão, sensível, emotivo, emocionado, romântico ou qualquer outro sinônimo. Mal ele entendia por que estava chorando agora. Tudo foi tão repentino. Tão "do nada". Ele não queria mais vê-la neste dia. Não queria mais tocar no nome dela. Mas queria, no fundo, que ela, como ele, chorasse.

20 outubro 2007

Filosofia de final de ano e começo de vida

É como se a cabeça estivesse farta de pensar. Como se todas as possibilidades para o momento estivessem esgotadas e minhas idéias supersaturadas com um quilo de corpo de fundo. A dor nas costas, as dores de cabeça, a falta de vontade, o ar carregado, o descaso, o pé seco e a cabeça andando de um lado para o outro, mostram só que o corpo está cedendo. Mais dia menos dia vai ser só a mente trabalhando sozinha à 29 quilômetros por segundo sem ser acompanhada por todo o resto. E o que realmente pode ser considerado durável afinal? Essa minha incapacidade de não sofrer? Essa necessidade que eu sinto de chorar toda vez que me dá vontade, de explodir toda vez que guardo muita coisa, de enxergar problemas em coisas ínfimas e de simplificar coisas impossíveis? Não, durável é só essa carcaça. Nem essa daqui quase 42 anos, se Deus quiser. Durável é só a impressão de todas essas necessidades que me fazem. Necessidades que serão outras no dia seguinte, na hora seguinte, no ano seguinte. Já a impressão será a mesma, sempre. Se à 3 anos atráz eu era decidida, quem me conhece à 3 anos vai sempre dizer "ah, ela é tão decidida!" por mais perdida que eu esteja, andando em circulos e viajando, me descabelando e falando coisas sem sentido nas respectivas frentes. Só por eu, um dia na minha vida, ter decidido que queria alguma coisa. E, na verdade, até queria: 3 anos atráz. Por que esse pensamento agora? Por que e se isso tudo não der certo? E se isso tudo não for tudo que eu sempre sonhei, for só tudo que eu sempre evitei? Falhei. Quase uma decisão certa que me deixou quase feliz. Mas não se assustem, eu quase vou aceitar como se fosse a única coisa do mundo. Apesar de saber que não é.

ps* sim, eu sou vestibulanda.

12 outubro 2007

Melhor memória

Deitada na minha mais nova velha cama, eu percebi: eu morri. Olhando para fora, para a janela, eu vi o quão contraditória é a minha vida de dentro e a vida que existe fora. E eu tô morta. Morta de vontade. Morta de ânimo. Morta de existência. Não digo que estou morta já a algum tempo, só que percebi hoje que as vezes estou morta. Morri, mas ainda dá tempo. Dá tempo de pensar. Se isso fosse capaz de trazer de volta a vida, no que eu iria pensar?

Sem perceber o quão raras seriam aquelas manhãs de sabado e a diferença que elas me fariam, eu ia até de má-vontade, entrava no carro, no banco de trás, e passava em todos aqueles lugares sem a menor graça para uma criança de 7 ou 8 anos. Eram dois, três, quatro, as vezes até cinco lugares cinzas ou marrons e cheios de papéis e pessoas de óculos, camisas com botões e nenhum sorriso no rosto, antes de chegar na loja toda colorida e cheia de portas de vidro, onde eu mal alcançava a primeira prateleira de cds.

Mas ali era diferente dos outros lugares adultos. Ali até os mais adultos tinham recaídas diante dessa ou daquela "raridade", como meu pai costumava falar. E eles sorriam. E eles pensavam, tinham dúvidas, pareciam mais com pessoas e menos com máquinas ali naquela loja. Apesar de ser a melhor parada da manhã de sabado, ainda assim, era quase um tortura para mim aquelas prateleiras. Primeiro porque eram tantos os "melhores" cds, que eu não sabia qual eu pedia para a moça pegar para mim, e corria, em seguida, atrás do meu pai, para falar na orelha dele o resto do dia o quanto aquele cd era meu preferido. Segundo que, quando eu decidia, era uma decisão completamente em vão, já que nunca conheci ninguém que gostasse mais do seu dinheiro bem guardado na carteira como o meu pai.

Mas aquele dia, aquele dia foi diferente. Eu andei entre aquelas prateleiras e vi, pela primeira vez, aquele desenho de cata-vento colorido, de letrinhas coloridas, de tantos nomes coloridos: A Casa de Brinquedos - Toquinho. Era tão bonita aquela capa. Era encantadora. Era apaixonante toda aquela possibilidade de mundo dentro de uma caixinha. E eu, que nunca tinha ouvido nenhuma música daquelas, nunca tinha visto propaganda daquele albúm, nunca nem saberia que ele existia se não fosse aquele sabado, alcancei o cd sozinha e corri pro meu pai, mas achando, lá no fundo, que não seria dessa vez também.

Cheguei correndo na frente dele e levantei aquela caixinha colorida, mas ai não foram só os meus olhos que brilharam. Lucinha Lins, Simone, Tom Zé, Chico Buarque, Paulinho Boca de Cantor. Qualquer aldulto que ainda tivesse um pouco de criança, ficaria balançado. Foi assim: pela primeira e única vez na minha vida, meu pai me comprou um cd.

Foi o cd que eu mais ouvi naquele resto de infância. Hoje eu percebo que não foi só um cd. Foi um abrir de portas para um aspecto cultural que eu carreguei desde aquele dia, e, não tenho dúvidas, meu pai sabia o que estava fazendo quando sorriu para mim e falou: "Este tudo bem". Depois daquele, ele não se atreveu a comprar mais cd nenhum para mim. E se toda a magia do ato se tornasse algo rotineiro? Não, ele não podia arriscar. E eu não o culpo, entendo completamente.

Acho que hoje, não levaria outra memória para as minhas mortes de quarta a tarde.

07 outubro 2007

Por trás das revistas

Todo homem idealiza uma mulher perfeita. Morena; olhos cor-de-mel; cabelos lisos e castanhos; nariz pequeno e retinho; dentes perfeitos; magra, porém com seios fartos e bunda redondinha; uma cintura bem desenhada; coxas grossas, bronzeadas e sem nenhum pelinho. Tudo natural. Além disso ela deve ser inteligente, bem humorada, ter um papo legal, ser liberal e um pouquinho difícil.
Haja mão divina para esculpir essa utopia de mulher. Deve ser bem difícil encontrar uma dessas dando sopa por aí. Pensando bem, nem deve ser tão bom ter uma mulher assim. Como vou ter afinidade com alguém que não é nada do que eu sou?
Quem vai brigar comigo por deixar a tampa da privada levantada? Será que uma mulher dessas usa o banheiro? Só se for o espelho, afinal, ela mal deve comer para manter-se sempre com esse corpo de deusa. Sem falar que o legal de um relacionamento é um sempre tentando melhorar parao outro. O que uma mulher dessas teria de melhorar?
Os homens, em geral, deviam ser menos egoístas e exigentes e admitir que as mulheres são sempre maravilhosas do jeito delas. Assim como nós temos pêlos, as mulheres têm celulite, em menor ou maior quantidade, e temos que assumir de uma vez por todas que isso não nos afere em absolutamente nada.
Toda mulher faz cocô. Não é só nossa mãe. E, sendo falta de educação ou não, toda mulher solta pum, mesmo que apenas quando sozinhas. As mulheres gostam de sexo, sim. E se quer saber, o apreciam muito mais e de melhor forma que os homens. E não é isso que as torna vagabundas ou vulgares, e sim interessantes, atraentes e misteriosas.
Devemos parar de colocar as mulheres num plano tão distante da realidade. Já é difícil chegar aos pés das que estão próximas. Olhe ao seu redor e veja quanto sexo feminino é mais estudioso, esforçado e apto ao mercado de trabalho que você. Devemos aceitar as mulheres assim como elas são: sempre perfeitas; pois todo homem há de concordar que mulher é a melhor coisa do mundo.