Modelo físico cujos blocos fundamentais são objetos extensos unidimensionais. O interesse na teoria das cordas é dirigido pela grande esperança de que ela possa vir a ser uma teoria de tudo.
08 novembro 2007
ex-pressão
Me exprimo em pensamentos. Me exprimo principalmente nessas besteirinhas ou besteironas que eu faço tanta questão de escrever quase todo dia. E, convenhamos, se eu faço tanta questão e se é todo dia, tem que dizer alguma coisa. Me exprimo nas cores testadas e retestadas e combinadas do meu fotolog. Hora clara, ora triste, ora quase sem cor, ora gritante, hora a hora. Me exprimo nas minhlões de notas que eu ouço por dia. Nas musicas de amor, nas musicas objetivas, na subjetivas, nas populares, nas brasileiras, na bossa-nova. Me exprimo no suco que eu bebo ou não na hora do almoço e nos restos de comida que sempre ficam no meu prato e no que eu faço questão de guardar. Coisas que eu carrego pra lá e pra cá da minha vida e que me garantem a tal da valvula de escape de frases no presente. Nas horas que eu passo olhando o céu, tanto quando ele está cheio das estrelas mais distantes ou encoberto por nuvens cinzas de chuva. Sim, me exprimo nas horas que passo na frente do espelho enxergando nada mais que eu mesma e tentando fazer o de fora parecer com o de dentro pra todo mundo saber que eu não faço tanto sentido quanto parece que eu faço. Quanto eu as vezes faço parecer. Me exprimo no cesto de lixo azul do meu quarto. Nos papéis de bala, nas embalagens de remédio, nos bilhetes, conversas durante a aula, meios papeis completamente rabiscados e cheios de estrelinhas. Posso sim ser encontrada nos meus fios de cabelo caidos pelo meu quarto, nas coisas eu jogo dentro do guarda-roupa quando vem alguém, na unha sem esmalte, no cabelo sem escova, no olho sem lápis, nos moletons largos e no frio que eu sinto mesmo quando não esta tão frio assim. Estou hoje essencialmente expressa nas palavras que escrevo e nos sonhos que tenho. Sonhos cada vez mais raros e maiores. Expressa nas amizades que mantenho nas conversas e opiniões ou falta delas. No inconformismo com a humanidade, na falta de vontade de votar, na grande vontade de ficar trancanda no quarto, deitada na cama, um dia inteiro. Na vontade de chorar. Me expresso no meu filtro de sonhos e no meu ohn vermelho pendurados no meu quarto, nas mil coisas sem utilidade dentro das minhas bolsas, na minha vontade de não parecer ninguém, no jeito que eu sento, no meu gosto por deitar no chão em dias quentes, na minha preguiça, na minha vontade, nos meus dedos finos e olhos pretos. Sou encontrada nas cordinhas coloridas no meu braço, no meu pé, na minha mente. Me exprimo no meu horário limitado e nas minha metonímias esporádicas e nas minhas lágrimas semanais. Então, se você quiser, já sabe onde me encontrar.
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7 comentários:
há! jah conhecia esse!
e, como sempre, muito bom =]
eu senti um ar de melancolia :~
nao sei pq.
mas incrivel,como sempre :) :*
beta ama line :)
tá sendo uma delícia te conhecer aos poucos.
quero continuar te conhecendo e re-conhecendo sempre desse jeitinho.
Às vezes você me lembra a Tati, quando escreve.
=D
"foi por um acaso do destino que vocês não conheceram ela"
foi essa a resposta que meu amigo arthur me deu ao perguntá-lo quem era a tal aline.
e quanto ao tal do destino... esse nunca foi muito meu amigo.
TUDO o que você faz é uma forma de expressão. O jeito de arrumar o cabelo, ou de dirigir, ou de argumentar...
Gostei do texto.
Mesmo. E vc é bacana, pelo que eu vi vc se expressando... haha!
Beijo, Aline.
http://nossomundoimundo.blogspot.com/
me perdoa pela falta de opiniões expressas pelos seus artigos, mas sou adepto da teoria de que a idéia é profanada pelo pensamento e o pensamento é pervertido pelas palavras. (desculpa pra quem sempre esquece de expressar a própria opinião)
"Na vontade de chorar."
esse texto todo é lindo. eu juro que queria uma frase mais bonita do que essa pra me identificar =/
passaram dois cariocas por gyn na terceira semana de setembro, ficou sabendo?
intonces, um deles se chamava alan e o outro era eu x)
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