Modelo físico cujos blocos fundamentais são objetos extensos unidimensionais. O interesse na teoria das cordas é dirigido pela grande esperança de que ela possa vir a ser uma teoria de tudo.

08 outubro 2008

qualquer coisa menos essa

tudo que eu mais queria aquela hora era chorar você para fora de mim. mas chorar com tanta força para não sobrar nem uma gotinha de você lá dentro. nenhuma. porque, por algum motivo idiota, acho que amor, eu pensei que, enquanto você estivesse ali, eu não iria conseguir estar em nenhum lugar que não dentro de mim mesma, procurando por você. procurando os resquicios de que, talvez, por algum outro motivo também idiota, eu não tivesse sido o motivo de tudo isso. talvez eu não tivesse sido a louca e a insuportavel de se conviver. e eu queria chorar essa e as outras dúvidas de dentro de mim, só para saber se todas essas lágrimas conseguiam lavar essa pessoa que eu não sou de cima da minha dor e do meu medo. lavar essa cara que não é minha. essa não sou eu. eu choro sim e eu sou fraca e eu realmente amo e tento e tento mais um pouco, se isso for capaz de me privar de uma coisa assim. assim como essa que está acontecendo agora. essa força para não pensar, essa falsa falta de interesse ao falarem seu nome, essa correria para guardar as fotos e os momentos dentro da caixa de all star no canto mais fundo do maleiro fingindo só para mim que ela não me incomoda. essa não sou eu. eu sou aquela que vai continuar sempre querendo que nada disso tivesse acontecido, rezando para você nunca ter mais ninguém, sonhando com o futuro que a gente tinha planejando e chorando todo acordar de sonhos como esse. ahh, essa sim parece mais comigo. a menina deitada no colo da irmã, chorando baixo e respirando alto.

tudo que eu mais quero agora é tudo que eu quis o dia todo. aliás, a semana toda: que você me ligasse, para eu chorar com mais vontade, que você sumisse para eu sofrer em paz, que você falasse que ainda me ama para eu não saber o que fazer com isso. acho que eu não quis nada com nada a semana toda e continuo não querendo nada com nada hoje, a não ser alguma coisa, qualquer coisa, me faça bem como você me fazia. que me tire dessa casca que não é minha como você fazia. que me faça ser feliz como você fazia. alguma coisa grande o bastante, pequena o bastante, nova o bastante, diferente o bastante, suficiente o bastante para substituir a dor que vai das minhas orelhas até a minha pintinha no dedão do pé. qualquer coisa. qualquer coisa que não seja amor denovo.

2 comentários:

deh gouthier; disse...

aai, eu quero ir aí te dar um abraço. ;T

Dayane disse...

eu tb quero te dar um abraço.