Todos os vícios tem lados ruins. É um fato. Estava aqui toda felizinha com meu novo vício de escrever, achando que tinha descoberto a geladeira que sai água da porta, e me toquei que tinha que estar estudando! Eis o lado ruim do meu vício. Já estava pensando em maneiras de larga-lo quando me lembrei de uma coisa que meu professor me disse: O ser humano escreve para aliviar a dor.
Dá pra acreditar? Então meu vício não só tem lado ruim, como é o pior dos vícios! Enquanto eu for viciada vai doer, e enquanto dói eu vou escrevendo e esperando que alguém leia e enxergue essa tal dor, que já vai tão longe, que nem eu a enxergo mais.
O fato mesmo é que, no exato momento em que eu escolho cuidadosamente as palavras, percebo que a dor está aqui. Que tudo que me incomoda está prestes a sair pelas pontas dos meus dedos e entrar na tela branca na minha frente, e eu deixo.
Eu deixo porque, ás vezes, não incomoda de forma ruim. Ás vezes é só falta. Ás vezes é tanta felicidade que incomoda mesmo. Ás vezes é só serenidade em brisa. Ás vezes é medo também. Ás vezes é só uma saudade. Ás vezes são só palavras, idéias soltas. Ás vezes nem tem importância, mas é tão rotina, que faz falta não colocar cinco, dez, mil palavras para serem lidas por uma, duas, no máximo três pessoas.
Conformada, escrevo pensando: Dos deleitos, o melhor. Dos vícios, o pior.
Modelo físico cujos blocos fundamentais são objetos extensos unidimensionais. O interesse na teoria das cordas é dirigido pela grande esperança de que ela possa vir a ser uma teoria de tudo.
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