Modelo físico cujos blocos fundamentais são objetos extensos unidimensionais. O interesse na teoria das cordas é dirigido pela grande esperança de que ela possa vir a ser uma teoria de tudo.

15 setembro 2007

Máquina sóbria

Um dia eu acordei e dei de cara com esse mundo ao qual fui mandada. Não pedi nada de mais, aposto que ninguém pediu também, só viver. Acontece que eu não vivo mais, ninguém vive mais. Que espécie de vida é essa em que o sistema não vê a relação humana como necessária, que quem deveria cuidar dos nossos direitos, pega o nosso dinheiro sem pedir? Hoje não se vive mais: acorda-se, liga-se o piloto automático e segue a vida como ela vier para ser seguida. Me diz que tipo de pessoa está viva e não se indigna com o desamor tão gritante no mundo? Quem está vivo e não se indigna com a remissão da parte política mais podre deste país? Que tipo de pessoa existe e fica parada, assistindo na televisão, sua dignidade, sua força ir esgoto abaixo? E, ainda assim, olha-se em volta e só se vê carros-máquinas, dirigidos por pessoas-máquinas, com pensamentos mecanizados e braços mecânicos, que funcionam à beneficio próprio! Não se faz mais amigos, se faz colegas, não se ama mais, se tem dó! Dó? Dó é o sentimento mais baixo e repugnante, e ainda assim, as pessoas ajudam as pessoas por dó. Por que ninguém mais enxerga no outro ser, uma vida igual à sua? Não tem 'o que' pra fazer alguém pensar que é mais importante que uma árvore, que um animal, que o ar que a gente respira e a água que a gente bebe. Então que porra de manual disse que a economia pode sim vir antes da manutenção da vida? Que ser humano é grande o suficiente pra dizer quem morre e quem vive? Passageira ou não, é a pior fase de que já se ouviu falar. É o pior ar o qual já se respirou, é a pior água, é a pior alienação. Pior que qualquer censura, pois esta já impediu de saber a verdade, mas, e agora, que a verdade está dançando de verde e amarelo na cara dos tais 41, 35, 6 e do resto do Brasil? É simples e completamente incoerente um país que um dia lutou tanto, hoje tão acomodado, que o sofá já tem até o seu formato. Se alguém me perguntar 'e ai?', o que eu vou dizer? Vou dizer, senta ai, pede uma cerveja e fica de boa. O que se pode dizer? Como já disse aquela futura grande escritora e presente grande pessoa: não se faz revolução sozinho. Apesar de tudo, não me sai da cabeça que "não sois máquina! Homens é o que sois!"

*última frase por charles chaplin.

4 comentários:

Unknown disse...

Oi Aline!

A pergunta que fica é:
Até quando?

Beijo

deh gouthier; disse...

eu acho que nem acredito que era eu. vc pára de ser bonita assim, aline, se não a gente acaba nossa amizade agora! ;x tá, tá, brincadeira. obrigada pela citação. x)

qto ao texto, poxa vida, oq eu posso dizer? eu me neguei a falar qualquer coisa desse assunto no meu blog. deve ser pq eu sabia que vc ia falar melhor que eu. eu me indigno tanto que a palavra some. falar oq? falar pra quem? mas vc falou. e falou tudo.
aah menina vírgula, eu gosto de você. ;)

Anônimo disse...

08 Setembro 2007
06 Setembro 2007

minha gaveta
minhas lembranças
meu desespero
minha esperança

vm²

Renato Zapata disse...

O pior é que é verdade.. Uma vez em uma aula , uma professora disse que vivemos um período tão conturbado na Rev. Cultural que nos acomodamos.. e nós, que nascemos depois, nos acostumamos assim tbm..

Fazer o quê? ...Não essa é uma frase de acomodados.. mas o que dizer!? haha! xS